Política G1 - Política

Centrão agora quer negociar trocas em diretorias da Caixa

Demorou quase três meses, mas o presidente Lula foi convencido de que não dava mais para protelar a troca na Caixa sob o risco de travar as votações da agenda econômica.

Por André Miranda

26/10/2023 às 09:29:27 - Atualizado há
Demorou quase três meses, mas o presidente Lula foi convencido de que não dava mais para protelar a troca na Caixa sob o risco de travar as votações da agenda econômica. Na quarta (25), foi anunciada a substituição na presidência do banco: sai Rita Serrano, entra o economista Carlos Vieira Fernandes.

Agora, Lula e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vão começar a tratar das vice-presidências da instituição. O Centrão queria porteira fechada – poder para decidir todas as diretorias –, mas não terá. Ainda assim, quer pelo menos indicar as mais importantes.

A mais visada, de Habitação, é ocupada por um nome com apoio do PT, Inês Magalhães, e o Palácio do Planalto não quer entregar. A troca no comando da Caixa, porém, já será suficiente para pacificar neste momento as relações do governo com o Centrão. Até a próxima disputa por cargos.

É bom lembrar que, no caso da Caixa, o Planalto perguntou ao PP e ao Republicanos, antes do recesso, se eles queriam participar do governo e integrar oficialmente a base aliada de Lula. A resposta foi sim.

Aí o presidente mandou perguntar o que eles queriam de estrutura no governo. A resposta foi: um ministério para cada partido, o comando da Caixa para o PP, e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para Republicanos.

Naquele momento, Lula fechou o acordo. Demorou dois meses para fazer os anúncios dos ministérios, mas deixou na prateleira a troca na Caixa, efetuada agora. Ou seja, Lula está cumprindo um acordo que fez no final do primeiro semestre.

g1 em 1 Minuto: Lula demite presidente da Caixa e Idoso é assaltado e jogado no chão

Agenda econômica

A equipe econômica respirou aliviada quando o presidente resolveu a troca no banco, destravando as votações dos projetos da agenda econômica.

Na quarta (25), foram aprovados os projetos que tributam os fundos exclusivos de investimentos e os de offshore, que podem garantir R$ 20 bilhões aos cofres do governo no ano que vem. A votação aconteceu também porque a equipe econômica negociou com a bancada ruralista.

Fernando Haddad tem pressa em votar todas as pautas da agenda econômica para garantir ou pelo menos chegar perto da meta do déficit zero no ano que vem.
Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

O Jornal

© 2024 Copyrigth 2024 - O JORNAL, todos os direitos reservados.
Avenida 9 nº 625 - Sala 8 - Centro - Rio Claro - SP

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

O Jornal